Como parte do projeto Variações de AZ, lançamos a série Bailarinos por trás das lentes – histórias inspiradoras e curiosas sobre alguns dos artistas retratados.
Hoje, quem divide conosco um pouco da sua história é o bailarino Leony Boni.
AZ – Quando e como começou na dança?
LB – Falando em dança no geral, eu acho que eu danço desde que nasci. Rs. Quando criança, fazia coreografias em casa, pegava movimentos e imitava artistas em videos, pegava video clipes e sabia todas as coreografias. Foi disso que surgiu a vontade de algo que nem sabia o que era. Na minha cidade existem várias escolas e grupos de dança, até uma companhia de dança contemporânea, mas o meu primeiro contato foi em um grupo de street dance, acredito que com 10 anos. Já queria participar dos concursos, competir com outras pessoas de diferentes cidades. Depois disso, fui adicionando ballet clássico, contemporâneo, jazz, moderno… e conheci uma companhia de danças da minha cidade que fui me envolvendo cada vez mais. Isso tinha só 13, 14 anos.
AZ – Em que momento decidiu viver da dança?
LB – Com 17 terminei o colegial e tinha que decidir algo pra seguir. E eu não tinha dúvidas do que eu queria… “Quero ser bailarino profissional!” Com 20, voltei pra São Paulo, estudei mais e mais e fui fazendo minha história!
AZ – Qual foi sua melhor oportunidade profissional até agora?
LB – Em vários momentos da minha carreira, tive a oportunidade de conhecer pessoas e lugares incríveis, que contribuíram na minha formação pessoal e profissional.
AZ – Alguma história inusitada ou divertida?
LB – Várias!!! Principalmente os “perrengues” que a gente passa por não conhecer a cultura de um país novo. A China foi um dos lugares mais diferentes, em termos de cultura e comida, que eu conheci. Em Taiwan, em uma turnê, tivemos histórias engraçadas e algumas trágicas, como substituir nossos colegas de cena porque eles pegaram salmonela no país. Hoje tudo isso vira história engraçada. Mas muita coisa foi bem difícil de passar.
AZ – O quê a dança trouxe de bom para sua vida?
LB – Eu sou muito grato por trabalhar diariamente com aquilo que eu amo. Estar no palco é mágico. Criar, ser fruto de uma experiência artística, se deixar ser dirigido por mestres e deixar seu corpo falar aquilo que você não consegue expôr com palavras, é incrível, é excitante.