O vínculo na dança

Os vínculos que desenvolvemos ao longo da vida são fundamentais. Afinal, desde crianças necessitamos dessa base social para sobreviver.

Os primeiros meses de um bebê, por exemplo, são de extrema importância. Se ele não desenvolver vínculos com os pais e cuidadores isso trará consequências para seu desenvolvimento emocional. O bebê e a criança precisam desse contato social, tanto para alimentação como para questões emocionais.

Um bebê que não é estimulado não se desenvolve apropriadamente. Por conta disso, muitos especialistas dão ênfase na questão de criação de vínculos. É com eles que a criança receberá todos os estímulos necessários para crescer. Desde como falar e andar, até como lidar socialmente com outras pessoas, de maneira positiva.

Já em termos de aprendizagem, o desenvolvimento do vínculo com o professor é igualmente importante e especial. Professores extremamente técnicos ou sem experiência não conseguem criar um ambiente seguro, onde o aluno consiga se sentir a vontade para desenvolver essa ligação.

Já outros acabam não se esforçando o suficiente ou até mesmo valorizam comportamentos inadequados em termos de vinculação. Entre eles podemos citar o autoritarismo, que pode ser extremamente prejudicial e até mesmo desencadear transtornos psicológicos.

Ao perceberem esse tipo de atitude, muitos alunos podem acabar não buscando proximidade com o professor, ou até mesmo ignorá-lo como figura de autoridade.

Como o vínculo professor-aluno pode ser melhorado na dança

Para melhorar o vínculo professor-aluno na dança, o docente precisa estimular uma aproximação positiva, através de padrões adaptativos. Isto é, ele precisa adaptar sua metodologia de modo a englobar todos os perfis comportamentais de alunos.

O professor precisa sempre ter em mente que o vínculo é a base para a aprendizagem e desenvolvimento. Se ele desenvolve um ambiente de dança onde o aluno consegue se sentir seguro e se expressar, ele pode obter padrões de respostas positivos.

As crianças dentro desse tipo de espaço tendem a ser mais coerentes e colaborativas. Quando o docente consegue perceber necessidades emocionais nos alunos e atender essas demandas, ele permite que os estudantes expressem comportamentos adequados.

Por exemplo, ao invés de cobrar de forma impositiva e autoritária a execução de um movimento técnico (o que provavelmente irá gerar inseguranças no aluno e acabar prejudicando o vínculo) o professor deve responder de maneira positiva.

Ele deve demonstrar que confia plenamente na capacidade da criança, e corrigir os erros de maneira empática. O aluno que é tratado dessa forma tende a se sentir mais seguro e próximo do professor e, com isso, seu desenvolvimento acaba acelerando.

O aluno não vê no professor uma figura autoritária que está ali para julgá-lo, mas, sim, alguém que está ao lado dele, pronta para dar suporte rumo ao aperfeiçoamento.

Uma criança que se sente segura em relação as suas capacidades técnicas e tem essa figura de apoio para auxiliá-la tende a se desenvolver mais rapidamente. E isso pode contribuir até mesmo com outros tipos de vínculos.

Confira o artigo completo aqui.

 

Maria Cristina Lopes | Psicóloga da dança CRP5/47829

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